29 de março de 2024

O que acontece com os pacientes dependentes de álcool e drogas que desaparecem das primeiras consultas?

22 de dezembro de 20133min0

Acesse: Dependentes e as primeiras consultas 2.pdf

O que acontece com os pacientes dependentes de álcool e drogas que desaparecem das primeiras consultas?

A não-aderência ao tratamento é um problema geral na prática médica, mas especificamente na área de tratamento de abuso de álcool e drogas atinge proporções ainda mais preocupantes. Revisando a literatura, Stark concluiu que a média de abandono de tratamento entre dependentes químicos é de aproximadamente 50 %.Esta baixa aderência é um dado importante, pois a permanência no tratamento associa-se a um melhor prognóstico dos pacientes. Baekland et al.1 relataram correlações positivas entre o tempo em tratamento e a evolução do quadro em usuários de álcool. Por sua vez, Simpson2 considerou a permanência no tratamento como sendo o principal fator preditivo da evolução dos pacientes usuários de drogas.
Vários estudos tentaram determinar os fatores preditivos da adesão ao tratamento. Stark et al.6 apontaram alguns fatores, como: psicopatologia; intervalo de tempo entre a marcação da consulta e a consulta; efeitos, tempo e freqüência do consumo da droga e sistema de suporte pró-droga e anti-social. Steer19 concluiu que raça, nível ocupacional, presença de prisões, tipo de encaminhamento, uso secundário de drogas estimulantes e “SCL-90-R „s Global Severity Index” afetam o tempo de permanência no tratamento, porém seu término é influenciado apenas pelo fator raça. Stark et al.5 não encontraram diferenças quanto a características sociodemográficas ou tipo de uso de drogas, mas concluíram que a natureza da psicopatologia pode predizer a aderência ao tratamento. Por outro lado, Wickizer et al.8 demonstraram a existência de influências sociodemográficas, além das relativas às diferentes modalidades de tratamento.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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