Moradia UCAD

O Brasil necessita de intervenções mais globais, que modifiquem o ambiente onde o álcool é promovido, vendido e consumido. Trata-se de uma ampliação do conceito de tratamento, que olha somente para o individuo. A intervenção comunitária busca modificar aspectos do ambiente, com o objetivo de regular o mercado do álcool. A unidade comunitária no Jardim Ângela ilustra muito bem o tipo de trabalho que pode ser feito com o envolvimento da universidade, do poder público (por meio da Secretaria da Saúde), dos líderes comunitários e religiosos e da própria comunidade. Esse projeto compreendeu o treinamento de voluntários da comunidade para o aconselhamento (sob supervisão) na área de álcool e drogas, constituição de equipe de profissionais de saúde mental e agentes comunitários responsáveis pelas visitas domiciliares, atendimentos ambulatoriais e por uma Moradia Assistida para desintoxicação dos pacientes alcoólatras a um baixo custo. Mais recentemente, a unidade do Jardim Ângela se transformou em um “Centro de Atenção Psicossocial-Álcool e Drogas” (CAPS-AD), com uma equipe de 15 profissionais treinados pelos cursos de especialização da UNIAD, que atendem cerca de 20.000 pacientes por ano. Esse trabalho foi capaz de disponibilizar alternativas viáveis, capazes de melhorar a qualidade de vida e de assistência de moradores de uma região para a qual parecia não haver perspectivas.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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