Dependência e uso nocivo do álcool

1 de janeiro de 20143min20

Acesse: Dependencia e uso nocivo de alcool.pdf 

Dependência e uso nocivo do álcool

Autores: Ronaldo Laranjeira e Claudio Jerônimo
UNIAD-Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas Departamento de Psiquiatria- EPM-UNIFESP

A dependência do álcool atinge cerca de 10% da população. Nos Estados Unidos, o custo econômico por abuso de álcool excedeu $115 bilhões em 1983. De acordo com o National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA), esta quantia chegou a $130 bilhões em 1990 e $ 246 bilhões em 1998. Embora freqüente, a dependência do álcool é pouco diagnosticada pelos médicos. Em geral o foco dos profissionais estão nas doenças físicas associadas e não na dependência subjacente. A demora em se fazer o diagnóstico e estabelecer o tratamento pioram e prognóstico e propiciam uma idéia de que os pacientes dependentes de álcool raramente se recuperam. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento melhor as chances de melhora do paciente. O médico clínico deve estar apto a fazer o diagnóstico, tratar os casos de dependência leve e uso nocivo e encaminhar ao especialista os pacientes com dependência moderada e grave.
Beber de baixo risco Existe uma quantidade de ingestão de bebida alcoólica que pode ser considerada de baixo risco. Usamos a unidade de álcool, que é 10 g de álcool de puro, para medir o quanto uma pessoa ingere de bebida alcoólica. Uma lata de cerveja normalmente contém cerca de 350 ml, e a concentração é ao redor de 5%, ou seja, 17 g de álcool, ou 1,7 unidades de álcool. Uma dose de pinga com 50 ml com concentração ao redor de 50% teria o equivalente a 2,5 unidades. Um copo de vinho contem cerca de 1 unidade. Um homem adulto pode beber até 21 unidades de bebida alcoólica por semana, sendo no máximo 3 unidades por dia. Uma mulher adulta não grávida pode beber até 14 unidades por semana, não mais que 2 unidades por dia (FIGURA 1). A quantidade é diferente na mulher por conta da absorção maior, e da quantidade de gordura corporal proporcionalmente maior que o homem, o que aumenta a biodisponibilidade do álcool. Além desta quantidade a pessoa estaria colocando a sua saúde em risco.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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