14 de dezembro de 2024

Prefeitura de SP divulga principais diretrizes do projeto Redenção

28 de junho de 201710min48
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Prefeitura de São Paulo

De Secretaria Especial de Comunicação

Coletiva Imprensa – Balanço Projeto Redenção
Leon Rodrigues/SECOM

Prefeitura de São Paulo divulgou nesta segunda-feira (26) as principais diretrizes do projeto Redenção, entre elas tratar o paciente com dependência química em sua integralidade, durante e após a desintoxicação, e disponibilizar equipes de abordagem e acolhimento no território, permanentemente. O documento prevê ainda, a cada paciente abordado, o Projeto Assistencial Singular, ou tratamento de acordo com as especificidades da fisiopatologia de cada indivíduo, através de política de redução de danos e/ou promoção de abstinência.

As diretrizes preveem ações programáticas, como criar rede de moradias monitoradas no município e uma rede de residências terapêuticas para a continuidade do tratamento. Também serão utilizadas para esta finalidade as comunidades terapêuticas, em conjunto com o governo do Estado, para dar apoio a dependentes químicos desintoxicados e sem comordidades. Depois disso, poderá ser feito o encaminhamento de ex-usuários para o programa Trabalho Novo, para reinserção social.

Respondem pelas diretrizes as secretarias municipais da Saúde; Assistência e Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e Cidadania (Assistência Social e Cidadania); Urbanismo e Licenciamento, Habitação, Prefeituras Regionais e Prefeitura Regional da Sé (urbanismo e zeladoria); e Segurança Urbana.

Diretrizes do Programa REDENÇÃO:

1 – SAÚDE (MEDICINAL)
1.1 – CADASTRAMENTO: abordagem contínua, de caráter não impositivo
1.2 – PRESENÇA E PRONTIDÃO: disponibilidade de equipes de saúde no território, 24 horas
1.3 – ATENDIMENTO INTEGRAL: tratar o paciente em sua integralidade, durante e após a desintoxicação
1.4 – INTERNAÇÃO: disponibilizar vagas para desintoxicação; promover a regulação de leitos em conjunto com o Governo do Estado
1.5 – CONTINUIDADE: seguimento via prontuário eletrônico na abordagem e nos atendimentos ambulatoriais, hospitalares e residenciais
1.6 – SINGULARIDADE: cada paciente abordado em Projeto Assistencial Singular; Tratamento de acordo com as especificidades da fisiopatologia de cada indivíduo, através de política de redução de danos e/ou promoção de abstinência
1.7 – EFETIVIDADE DE RESULTADOS: medição regular dos resultados das ações; 
1.8 – PREVENÇÃO: campanhas de prevenção através da mídia e em escolas, além de treinamento na rede de UBS para orientar famílias a tratar a drogadição ainda no início 

Ações Programáticas:

  • Criar rede de residências terapêuticas para dependentes químicos
  • Criar rede de moradias monitoradas no município
  • Capacitar equipes de abordagem
  • Disponibilizar novas vagas para desintoxicação
  • Instalar posto avançado do CAPS AD no território
  • Disponibilizar novos leitos de internação (470 até julho)
  • Reclassificar o CAPS da Sé (II para III)
  • Realizar a transição dos usuários dos hotéis do Programa DBA para a nova dinâmica de atendimento
 

2. ASSISTÊNCIA SOCIAL E CIDADANIA (SOCIAL)
2.1 – PRESENÇA E PRONTIDÃO
: disponibilidade das equipes de abordagem e acolhimento no território, permanentemente;
2.2 – ACOLHIMENTO: fortalecer a rede emergencial de acolhimento: ATENDE 1, 2 e 3
2.3 – RESGATE DA DIGNIDADE: oferta de serviços que permitam melhora da autoestima do usuário
2.4 – COMUNIDADE TERAPÊUTICA: ação conjunta com o governo do Estado para dar apoio a dependentes químicos desintoxicados e sem comorbidades;
2.5 – REINSERÇÃO SOCIAL: encaminhamento de ex-usuários para o Trabalho Novo, com geração de empregos.
2.6 – ARTICULAÇÃO COM FAMÍLIAS: articular rede de apoio familiar aos dependentes, em especial após o tratamento.
2.7 – CRIANÇA E ADOLESCENTE: articulação com Conselho Tutelar e demais entidades para dar atenção especial às crianças e adolescentes

Ações Programáticas:

  • Acompanhar os usuários nas cenas de uso e encaminhá-los para acolhimento;
  • Operar a rede emergencial de acolhimento através do programa ATENDE;
  • Manter a relação de transparência e comunicação com a sociedade civil, Ministério Público e Justiça;
  • Criar o Programa Mães da Luz, a ser conduzido pela Secretaria de Direitos Humanos de Cidadania;
  • Digitalizar cadastro de usuários e disponibilizar acesso restrito às famílias e entidades;
  • Implementar o Balcão dos Direitos Humanos no território para atender eventuais denúncias e encaminhar casos de abusos e abandonos de crianças e adolescentes;

3. URBANÍSTICO E ZELADORIA (OPERACIONAL)

3.1 – REVITALIZAÇÃO: promover a recuperação urbana da região pelo adensamento populacional (PPP do Centro), da construção de equipamentos públicos e requalificação de logradouros públicos
3.2 – HABITAÇÃO: atender famílias da região em conformidade com a política habitacional do Município
3.3 – INCLUSÃO SOCIAL: destinação de parte das moradias para habitação social
3.4 – INTEGRAÇÃO: promover a integração da região da Luz ao Bom Retiro
3.5 – ZELADORIA: Limpeza regular do território da cena de uso e fiscalização de comércio e imóveis da região

Ações Programáticas:

  • Implantar Programa Centro Aberto
  • Ampliar a PPP do Centro, em parceria com o Governo do Estado
  • Requalificar os espaços públicos e privados
  • Implantar Conexões Urbanas
  • Realizar concessão do Terminal Princesa Isabel
  • Elaboração do PIU Campos Elíseos
  • Cadastramento de todas as famílias residentes na área atendida pelo Projeto;

4. SEGURANÇA PÚBLICA (POLICIAL)

4.1 – Ações contínuas de policiamento preventivo com a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar
4.2 – Combate contínuo ao tráfico por meio da Polícia Civil
4.3 – Apoio às equipes de saúde e assistência social
4.4 – Apoio às ações de zeladoria urbana, principalmente os programas de limpeza

Ações Programáticas:

  • Policiamento preventivo com efetivo de GCMs e viaturas
  • Monitoramento eletrônico via programas DronePol e CityCâmeras
  • Segurança às unidades emergenciais de atendimento – ATENDE
  • Proteção de imóveis já interditados

 

5. EDUCACIONAL

5.1  Promover campanhas preventivas e educativas nas mídias e nas escolas públicas.

5.2 Estimular palestras e debates educativos, nas Escolas, Clubes e Entidades.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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