Você pensa demais?

9 de novembro de 20164min0
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A primeira lembrança que tenho desse desconforto é da minha adolescência, onde de vez em quando eu me ressentia por “pensar demais…”, e por isso me divertir menos que muitas de minhas amigas (ou, eu achava que era por isso que eu me divertia menos). Mais tarde, já mãe, volta e meia a mente distraída me levava a imaginar situações pavorosas de desastres com elas. Um tio psicanalista me explicou que isso era um mecanismo de defesa vantajoso evolutivamente, que levava à prevenção de desastres reais. Isso me consolou, mas segui sofrendo com os pensamentos nefastos.

Por outro lado, um dos grandes prazeres que tenho jogando squash é que durante o jogo eu “não penso em nada”, fico absolutamente focada na bola – e isso é uma delícia. Vegetar em frente à TV, assistindo um programa qualquer de animais se comendo ou alguém cozinhando, também me parece exercer esse efeito gostoso de me fazer “não pensar em nada”.

Pois neste fim de semana conheci um… não sei como defini-lo, chamarei de um pensador: Eckhart Tolle, autor do livro “O Poder do Agora”. Sua tese é que nossa mente é intoxicada por milhares de pensamentos o tempo todo, e em geral pensamentos que nos trazem sofrimento. E ele nos convida a exercitar limpar a mente desses pensamentos e focar exclusivamente no momento presente. Isso nos levaria a um estado de superconsciência muito prazeroso e saudável.

Sempre fui completamente fechada a essas coisas “esotéricas”, reconhecendo que possam ter valor, respeitando seus “seguidores”, mas completamente impermeável a essas ideias. Mas ao longo deste ano surgiu uma brechinha dentro de mim, uma vontade de me aproximar, de experimentar algo além “do que possa imaginar nossa vã filosofia”. E assim, sabadão à noite, lá fui eu para o Anhembi ouvir a palestra sobre “O Poder do Agora”. Ao chegar, já me emocionei com as 2.500 pessoas que estavam lá em busca de mais equilíbrio, de paz, de uma vida melhor. Eckhart Tolle falou com voz tranquila, devagar, por duas horas, sobre sua experiência transformada em teoria e prática. Não saberei reproduzir aqui tudo o que foi dito, mas além de eu ter conseguido ficar absolutamente focada em sua fala pelas duas horas (em palestras em geral, me disperso de 15 em 15 minutos…), as mensagens e as propostas me fizeram um enorme bem.

Desde sempre investi no meu intelecto, na minha saúde mental (terapia, muita terapia), e nos últimos dois anos investi bastante no meu bem-estar físico (dieta, musculação, bike) – acho que agora chegou a vez de investir no meu bem estar espiritual. Começarei pelo livro.

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Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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