UNODC: usuários de drogas não podem ser tratados como criminosos

29 de novembro de 20164min1
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ONUBR – Nações Unidas no Brasil

O uso de drogas prejudica comunidades e corrói o tecido social que nos mantém unidos mas usuários não podem ser tratados como criminosos. Com estas palavras o diretor executivo do Escritório da ONU para Drogas e Crimes (UNODC), Yury Fedotov, discursou em evento na Pontifícia Academia de Ciências, na Cidade do Vaticano.

O uso de drogas prejudica comunidades e corrói o tecido social que nos mantém unidos, mas usuários não podem ser tratados como criminosos. Com estas palavras o diretor executivo do Escritório da ONU para Drogas e Crimes (UNODC), Yury Fedotov, participou do evento “Narcóticos: problemas e soluções para um problema global”  na Cidade do Vaticano nesta quarta-feira (23). O encontro é organizado pelo Monsenhor Marcelo Sánchez Sorond, na Pontifícia Academia de Ciências, e inclui as participações da rainha Sílvia, da Suécia, além de cientistas e acadêmicos.

Ao lembrar a mensagem do Papa Francisco durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro, Fedotov disse que “as palavras jogaram luz sobre a enorme variedade de impactos negativos que as drogas ilícitas trazem para a paz, a segurança, o desenvolvimento, a saúde e os direitos humanos em todo o mundo”.

O diretor do UNODC disse que a sessão especial sobre o problema das drogas, realizada pela Assembleia Geral em abril (UNGASS), ajudou a fortalecer uma base de responsabilidade compartilhada para ação coletiva contra estas ameaças. Para ele, um dos maiores desafios é ajudar a libertar muitas pessoas, especialmente jovens, que estão envolvidos “numa espiral de pobreza, drogas, falta de tratamento e de oportunidades”. 

Adotado durante o evento, o documento da UNGASS também ressaltou a importância de três convenções internacionais pelo controle de drogas. Para Fedotov, o documento contém uma série de recomendações operacionais para direitos humanos, jovens, crianças, mulheres e comunidades, além de tratar de desafios emergentes, como substâncias psicoativas. 

Fedotov também enfatizou os fortes laços do documento com para o Desenvolvimento Sustentável. Ele afirmou que a Agenda 2030 deixou claro que, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis números 3 e 16, tratar das drogas ajuda a “garantir vidas saudáveis e promove sociedades pacíficas e inclusivas como parte dos esforços gerais para o desenvolvimento sustentável”. 

O diretor do UNODC afirmou que o órgão está empenhado em “avançar na prevenção e tratamento de drogas e problemas relacionados a HIV e hepatite”.  Para ele, as pessoas sofrendo de desordens provocadas por drogas não devem ser tratadas como criminosas mas sim como vítimas que precisam de serviços médicos e sociais.

 


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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