A FEBRACT se posiciona contra o uso de ibogaína

10 de agosto de 20203min10
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Considerando as múltiplas interpretações que foram realizadas sobre o artigo “Ibogaína para tratamento da dependência química”, produzido por pesquisadores, publicado no dia 4 de agosto 2020, a FEBRACT vem a público para esclarecer os pontos apresentados no referido artigo, dentre os quais:

1. Não há evidência científica que sustente o uso de ibogaína como tratamento eficaz para a dependência química em lugar nenhum do mundo.
2. Há risco de morte ocasionado pela ingestão de ibogaína e riscos seríssimos a saúde mental de quem se submete a ingestão desta droga.
3. As Comunidades Terapêuticas não devem fazer uso de ibogaína em hipótese alguma.
4. Houve no Brasil uma grande proliferação de oportunistas que vendem falsos tratamentos com ibogaína que tem produzido resultados nefastos a dependentes químicos e familiares.
5. A ibogaína não é licenciada como medicamento terapêutico e não tem autorização da ANVISA para ser utilizada nem comercializada.
6. Não é de competência da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas deliberar ou defender a utilização de qualquer Substância Psicoativa legal ou ilegal. As Comunidades Terapêuticas não são ambientes hospitalares e não indicam ou ministram qualquer tipo de medicamento, droga ou, como no caso, a Ibogaína.

Portanto, a FEBRACT não defendeu em nenhum momento a utilização de ibogaína, muito menos em serviços como as Comunidades Terapêuticas.

A FEBRACT sempre defendeu e defende a total legalidade das ações das Comunidades Terapêuticas, assim como o alinhamento às evidências científicas vigentes para todos os protocolos de atendimento desenvolvidos pelas CTs, portanto em hipótese nenhuma estimula qualquer Comunidade Terapêutica a utilizar nenhum meio de tratamento que não aquele que preserva ao longo de seus 30 anos.

Campinas, 09 de agosto de 2020

Luis Roberto Chaim Sdoia
Presidente FEBRACT

Ricardo Valente de Souza
Presidente Executivo FEBRACT


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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