ÓDIO

4 de outubro de 20165min2
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Pe. Haroldo Rahms
 
      Os judeus e os samaritanos odiavam uns aos outros. Os assírios dominaram os samaritanos por 200 anos. A influência cultural e religiosa assíria afetaram os samaritanos que casavam com as mulheres de Assíria. O Profeta Neemias (ano 450 a. C.), não deixou os samaritanos ajudarem na construção dos muros de Jerusalém depois do exílio na Babilônia porque os samaritanos não mandaram embora as suas esposas assírias.
      Neemias falou:
      Também nessa época, descobri que muitos judeus haviam casado com mulheres de Asdode, de Amom e de Moabe. Metade dos seus filhos falava a língua deles e não sabia falar a língua dos judeus. Eu repreendi aqueles homens e os amaldiçoei; bati neles e arranquei os seus cabelos.  E exigi em nome de Deus que fizessem a promessa de que nunca mais nem eles nem os seus filhos casariam com estrangeiras. Eu disse a eles: “Foram mulheres estrangeiras que fizeram o rei Salomão pecar. Ele era mais famoso do que todos os reis das outras nações. Deus o amou e o pôs como rei de todo o povo de Israel, e no entanto ele caiu nesse pecado. Será que nós vamos seguir o exemplo dele e desobedecer ao nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras?” (Ne 13, 23-27).
      Hoje não concordamos com essa maneira de pensar.
      Este ódio continuou até a vida de Jesus. Por isso os judeus falaram mal de Jesus e o chamaram de “um samaritano”.
      Jesus respondeu a este tipo de pensamento:
      “Qual de vocês pode provar que EU tenho algum pecado? Se digo a verdade, por que não creem em mim? A pessoa que é de Deus escuta as palavras de Deus. Vocês não escutam as palavras de Deus porque vocês não são dele”. Eles disseram a Jesus: “Por acaso não temos razão quando dizemos que você é samaritano e está dominado por um demônio?” Jesus outra vez respondeu: “Eu não estou dominado por nenhum demônio. Respeito o meu Pai, mas vocês me desrespeitam. Não procuro receber elogios para mim mesmo; mas existe alguém que procura consegui-lo para mim, e ele é o juiz. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quem obedecer aos meus ensinamentos não morrerá nunca” (Jo 8, 46-51).
            Os fariseus perguntaram:
      “Você não tem nem cinquenta anos e viu Abraão?” Cristo respondeu: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: antes de Abraão nascer ‘Eu Sou!’”. Então eles pegaram pedras para atirar em Jesus, mas ele se escondeu e saiu do pátio do Templo (Jo 8, 57-59).
      Jesus disse a algumas pessoas que haviam crido nele: “Se vocês continuarem a obedecer aos meus ensinamentos, serão, de fato, meus discípulos e conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”.
 
      Quando rompemos o círculo prejudicial de prejuízo, como aconteceu com os Hebreus e com os Samaritanos, quando nos tornamos totalmente sinceros, só então é que damos uma oportunidade à verdadeira liberdade.

Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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