12 de novembro de 2025

O que é o teste de Rorschach, usado para avaliar presos na série Tremembé

12 de novembro de 20253min58
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O teste de Rorschach voltou aos holofotes com a série Tremembé (Amazon Prime), em que a personagem Elize Matsunaga é submetida a uma avaliação psicológica por meio desse exame. As manchas de tinta exibidas nas pranchas despertam curiosidade e servem para investigar aspectos profundos da personalidade.

Desenvolvido em 1921 pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach, o teste é composto por dez lâminas com manchas simétricas. O indivíduo deve dizer o que vê em cada uma delas, e suas respostas são analisadas segundo um sistema internacional de codificação, não de forma subjetiva. Trata-se de uma técnica projetiva, que busca revelar emoções, pensamentos e formas de perceber o mundo.

Segundo a psicóloga Anna Elisa de Villemor-Amaral, membro da Associação Brasileira de Rorschach (Asbro), o teste não tem respostas “certas” ou “erradas” e é praticamente impossível ser fraudado. Mais do que as respostas, o que importa é o processo mental que leva a elas.

Apesar de aparecer em contextos judiciais e prisionais, o Rorschach não serve, isoladamente, para diagnosticar psicopatia ou outros transtornos mentais. Ele deve ser usado junto a outras avaliações para oferecer uma visão mais completa do funcionamento psíquico de uma pessoa.

No sistema prisional, pode ajudar a compreender como o detento se relaciona com os outros, seu nível de empatia e sua capacidade de estabelecer vínculos, mas não deve, sozinho, determinar progressão de pena ou soltura.

Além de contextos jurídicos, o teste é amplamente usado na clínica psicológica e em processos seletivos de liderança, oferecendo pistas valiosas sobre a personalidade e os modos de pensar e sentir de cada indivíduo.

 

Texto completo: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrio/2025/11/o-que-e-o-teste-de-rorschach-usado-para-avaliar-presos-na-serie-tremembe.shtml

 

Foto: Folha de São Paulo


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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