Maioria das farmácias não aceita vender maconha no Uruguai
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LEGALIZAÇÃO
Programa do governo que prevê a venda da droga em farmácias tem baixa adesão
A maioria dos donos de farmácias no Uruguai preferiu não aderir ao programa do governo que lhes autoriza a vender maconha legalmente. O motivo é o temor de que a droga transforme seus estabelecimentos em alvos ainda maiores da criminalidade, a burocracia para legalizar a distribuição da droga, o aumento nos custos e o protesto de clientes.
O Uruguai legalizou o cultivo e a venda de maconha em 2013 em uma tentativa de criar o primeiro mercado da droga regulamentado pelo governo do mundo. O objetivo é combater o aumento dos índices de homicídios e a criminalidade associados ao tráfico de drogas no país sul-americano.
Mas enquanto o governo quer começar a vender maconha em farmácias nas próximas semanas, até agora, apenas 50 das 1.200 farmácias se registraram para fazê-lo, alimentando um debate sobre a forma como a substância deve ser distribuída.
A lei permite o cultivo da maconha por indivíduos licenciados, a formação de clubes de produtores e usuários, assim como a venda em farmácias de até 40 gramas da droga por mês para usuários registrados. Embora o plano tenha sido amplamente aplaudido em todo o mundo e visto como um passo além da legislação sobre a droga nos estados americanos de Colorado e Washington, a maioria dos uruguaios se opõe a ela.
Como a venda a turistas é proibida, todas as farmácias em três dos quatro estados uruguaios que fazem fronteira com o Brasil não se habilitaram para vender a droga. A maioria dos donos de farmácia simplesmente acha que não vale a pena correr o risco.