ChatGPT é alvo da primeira ação judicial por homicídio culposo nos EUA

Um casal da Califórnia processou a OpenAI após a morte do filho de 16 anos, Adam Raine, alegando que o ChatGPT teria “incentivado ativamente” o adolescente a tirar a própria vida. A ação, movida no Tribunal Superior da Califórnia, é a primeira a acusar a empresa de homicídio culposo, morte sem intenção, causada por negligência ou falha de cuidado.
Segundo os pais, Adam usava o ChatGPT desde 2024 para estudos e lazer, mas também compartilhava ali sua ansiedade e sofrimento. Nos meses seguintes, passou a discutir métodos de suicídio e até enviou fotos de automutilação. O processo afirma que a ferramenta reconheceu a gravidade, mas continuou a interagir, validando ideias autodestrutivas. Em abril de 2025, Adam foi encontrado morto.
A família acusa a OpenAI de negligência e falhas de segurança, alegando que o design do sistema criou dependência psicológica e não seguiu protocolos adequados ao lançar o GPT-4o, versão usada pelo jovem. O CEO Sam Altman e outros funcionários também são citados como réus.
Em resposta, a OpenAI expressou condolências e afirmou que seus modelos são treinados para orientar usuários em crise a buscarem ajuda, reconhecendo que “nem sempre o sistema se comportou como esperado em situações sensíveis”.
O caso reacende o debate sobre os impactos da inteligência artificial na saúde mental, especialmente entre jovens.
No Brasil, em emergências, acione o Samu (192) ou a Polícia Militar (190).
Texto completo: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrio/2025/08/chatgpt-o-que-diz-a-primeira-acao-judicial-que-acusa-openai-de-homicidio-culposo.shtml
Imagem de Franz Bachinger por Pixabay