30 anos de CAPS Itapeva: Resgates e Tendências

17 de março de 20175min2
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Portal da Saúde

O coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde (MS/ SAS/Dapes), Quirino Cordeiro Júnior, participou na segunda-feira (13) da abertura da semana comemorativa dos 30 anos do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) “Prof. Luis da Rocha Cerqueira, conhecido como CAPS Itapeva, no bairro da Bela Vista, região central da cidade de São Paulo (SP). O “CAPS Itapeva” foi o primeiro do Brasil, inaugurado em março de 1986. A sua criação fez parte de intenso movimento social, inicialmente de trabalhadores de saúde mental, que buscavam a melhoria da assistência no País e denunciavam a situação precária dos hospitais psiquiátricos, que ainda eram o único recurso destinado aos usuários portadores de transtornos mentais.

A criação do CAPS teve por objetivo oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos.

“O CAPS Itapeva é um marco importante do início da mudança no conceito do Estado para tratamento de saúde mental no Brasil e veio contemplar uma demanda crescente da sociedade por novos caminhos terapêuticos para um país que iniciava um novo ciclo democrático”, afirma Cordeiro Júnior. Segundo ele, o processo foi uma mudança de paradigma no campo da Saúde Mental no Brasil.

Do CAPS para a RAPS – Dentro da programação do evento, Cordeiro Júnior participará na próxima sexta-feira (17) da mesa redonda “Do CAPS para a RAPS”, das 9h às 12h, no auditório Jairo Idel Goldberg do CAPS Prof. Luis Cerqueira. Veja programação completa no final deste texto.

Atendimento – As pessoas atendidas nos CAPS são aquelas que apresentam intenso sofrimento psíquico, que lhes impossibilita de viver e realizar seus projetos de vida. São, preferencialmente, pessoas com transtornos mentais severos e/ou persistentes, ou seja, pessoas com grave comprometimento psíquico, incluindo os transtornos relacionados às substâncias psicoativas (álcool e outras drogas) e também crianças e adolescentes com transtornos mentais.

Os usuários dos CAPS podem ter tido uma longa história de internações psiquiátricas, podem nunca ter sido internados ou podem já ter sido atendidos em outros serviços de saúde (ambulatório, hospital-dia, consultórios etc.).

Homenagem – O CAPS Itapeva faz uma homenagem ao professor  Luis da Rocha Cerqueira, coordenador de Saúde Mental do Estado que, na década de 1970, contribuiu para a construção de novos rumos no atendimento de pacientes com transtorno mental grave, por meio da implantação de políticas de saúde mental contrárias ao modelo centrado em longas internações em hospitais psiquiátricos.

Desde março de 2007, Associação Paulista Para o Desenvolvimento da Medicina – gerencia a unidade através de um convênio firmado com a Secretaria de Estado da Saúde do Governo do Estado de São Paulo.

As comemorações dos 30 anos do Caps Itapeva seguem até a próxima sexta-feira (17) – , com o baile de encerramento SUS-Piração, realizado no auditório da unidade (confira a programação completa em anexo). Todas as atividades são gratuitas, a maioria aberta ao público, porém, algumas necessitam de inscrição prévia, por meio do e-mail nep@capsitapeva.spdm.org.br.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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