“Ayahuasca: revisão da literatura científica”
“Ayahuasca: revisão da literatura científica”
Vale a pena começar explicando a metodologia de trabalho, quais foram as bases de publicação científicas procuradas. Ayahuasca é uma mistura de plantas, com ação psicoativa, esse nome, de origem indígena, é conhecido em outras culturas pelas seguintes denominações: yajé, caapi, natema, pindé, kahi, mihi, dápa, bejuco de oro, vine of gold, vine of the spirits, vine of the souls. Aya quer dizer “pessoa morta, alma, espírito” e waska significa “corda, liana, cipó ou vinho”. Assim a tradução, para o português, seria algo como “corda dos mortos” ou “vinho dos mortos, do espírito”. No Peru, encontrou-se o seguinte significado: “soga de los muertos”. (Costa et al., 2005) (1) A transliteração para a língua portuguesa resultou em hoasca, que é um termo específico para o uso da planta em sacramentos religiosos. Também é conhecido amplamente no Brasil como “chá do Santo Daime”. (Grob et al., 1996) (2)
A Ayahuasca é uma bebida preparada por ebulição ou imersão do cipó Banisteriopsis caapi juntamente com várias possibilidades de outras plantas. O componente mais utilizado para elaboração da bebida, junto ao cipó Banisteriopsis caapi, são as folhas da Psychotria viridis. Apesar das variações nas plantas utilizadas como ingredientes da Ayahuasca, farmacologicamente elas são similares. Como exemplo, as folhas da Diploptherys cabrerana que podem substituir as folhas de Psychotria viridis no preparo da bebida. Em geral, a Psychotria viridis é encontrada no Brasil, Peru e Equador e a Diploptherys cabrerana no Equador e Colômbia. (McKenna et al., 2004) (3)
Outras plantas utilizadas junto ao cipó banisteriopsis caapi para a elaboração da bebida da ayahuasca são vários gêneros Solanaceous, inclusive o tabaco (Nicotiona sp.), Brugmansia sp. , Brunfelsia sp. Esses gêneros Solanaceous são conhecidos por conterem alcalóides como nicotina, escapolamina e atropina. (McKenna et al., 2004) (3)