Salvar vidas exige mais do que boas intenções

Doutor, conversar ajuda?. Sim, ajuda e muito. A palavra é um primeiro socorro da alma, um gesto que rompe o silêncio e lembra à pessoa em sofrimento que não está sozinha. Falar é um ato de coragem, mas é importante lembrar: apenas conversar não basta. Assim como uma dor no peito exige mais do que um abraço, pensamentos suicidas precisam de atenção especializada.
Amigos e familiares oferecem acolhimento valioso, mas somente profissionais de saúde mental podem avaliar riscos, diagnosticar transtornos e indicar terapias eficazes. A Associação Brasileira de Psiquiatria reforça: procure sempre atendimento em serviços reconhecidos. No Brasil, em situações de emergência, o SAMU é referência.
Cuidar da saúde mental não é só atravessar crises, é também investir em acompanhamento contínuo e reconstruir, passo a passo, o sentido de viver. Apoio pode vir de muitos lugares, família, amigos, vizinhos, grupos, comunidades, mas o essencial é não enfrentar a dor sozinho.
O Setembro Amarelo nos lembra que romper o silêncio salva vidas. Fale, escute, apoie, mas incentive sempre o cuidado profissional. Porque a vida é a nossa maior obra.
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*Antônio Geraldo da Silva é médico formado pela Faculdade de Medicina na Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. É psiquiatra pelo convênio HSVP/SES – HUB/UnB. É doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto – Portugal e possui Pós-Doutorado em Medicina Molecular pela Faculdade de Medicina da UFMG.
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