Antônio Geraldo: Transtornos Psicossomáticos; quando o corpo fala pela mente

30 de junho de 2025150min13
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Em sua coluna no site GPS Brasília, o Dr. Antônio Geraldo aborda os transtornos psicossomáticos, explicando como tensões emocionais profundas podem se manifestar em sintomas físicos reais e persistentes, mesmo quando exames médicos não apontam nenhuma alteração. O corpo, segundo ele, torna-se um porta-voz das emoções não expressas, traduzindo angústias, culpas, ansiedades e outros sentimentos em dores, desconfortos e alterações fisiológicas.

Dr. Antônio destaca que esses sintomas são legítimos e impactam significativamente a vida de quem sofre com eles. Muitas pessoas passam por diversos especialistas e exames até que se compreenda a origem emocional do que sentem. O psiquiatra tem papel essencial ao identificar esses quadros, avaliar o contexto de vida do paciente e propor um tratamento adequado.

Segundo os critérios do DSM-5, o transtorno psicossomático envolve sintomas físicos persistentes associados a preocupação excessiva com a saúde por pelo menos seis meses. A condição é mais comum entre mulheres jovens e afeta de 5% a 7% da população geral. A boa notícia é que muitos casos respondem bem a mudanças no estilo de vida e ao tratamento com terapia cognitivo-comportamental (TCC), que ajuda a reorganizar a relação entre mente e corpo.

Por fim, o autor reforça que ouvir o corpo com atenção, empatia e responsabilidade é um ato de cuidado. Quando a mente silencia, o corpo fala e saber escutá-lo é o primeiro passo para compreender a si mesmo.

 
 
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*Antônio Geraldo da Silva é médico formado pela Faculdade de Medicina na Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES. É psiquiatra pelo convênio HSVP/SES – HUB/UnB. É doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto – Portugal e possui Pós-Doutorado em Medicina Molecular pela Faculdade de Medicina da UFMG.


Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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