Cetamina – De um anestésico a um medicamento psiquiátrico: mecanismos de ação, aplicações clínicas e riscos potenciais

22 de julho de 20252min172
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Estudo recente sobre a cetamina, publicado na revista Molecules em 30 de junho de 2025 (Volume 30, Número 13, artigo 2824), o artigo intitulado “Ketamine – From an Anesthetic to a Psychiatric Drug: Mechanisms of Action, Clinical Applications and Potential Risks” explora os múltiplos usos terapêuticos da cetamina.

Resumo dos principais achados:

A cetamina, originalmente desenvolvida como anestésico, vem recebendo crescente atenção por suas propriedades farmacológicas multifacetadas:

Analgésico potente: Atua como antagonista do receptor NMDA, modulando a percepção da dor e reduzindo a sensibilização central, especialmente útil em casos de dor crônica e neuropática.

Transtorno por uso de substâncias: Evidências sugerem que a cetamina pode interromper memórias mal-adaptativas relacionadas à recompensa, promovendo neuroplasticidade e facilitando mudanças comportamentais.

Depressão resistente ao tratamento (DRT): A S-cetamina tem demonstrado efeitos antidepressivos rápidos e eficazes, possivelmente por meio da ativação da sinalização glutamatérgica e aumento de fatores neurotróficos.

Com esse perfil terapêutico abrangente, a cetamina se destaca como um agente único na interface entre anestesiologia, tratamento da dor, dependência química e psiquiatria, reforçando a necessidade de mais estudos sobre seus mecanismos e segurança a longo prazo.

 

Sobre a UNIAD

A Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) foi fundada em 1994 pelo Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira e John Dunn, recém-chegados da Inglaterra. A criação contou, na época, com o apoio do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Inicialmente (1994-1996) funcionou dentro do Complexo Hospital São Paulo, com o objetivo de atender funcionários dependentes.



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